CIRURGIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL

Dr. Milton Rastelli – Neurocirurgião.

A Cirurgia Endoscópica Endonasal (ou Endoscopic Endonasal Surgery – EES) é uma técnica inovadora para o tratamento de tumores e outras lesões cranianas através do nariz. Este tipo de procedimento foi desenvolvido no UPMC Center for Cranial Base Surgery, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, departamento com larga experiência, reconhecido mundialmente e que atua há mais de 20 anos.

 

 

O Acesso Endoscópico Endonasal (ou Endoscopic Endonasal Approach – EEA) permite o tratamento de inúmeras doenças que acometem a base do crânio, especialmente tumores, e a região mais superior da coluna vertebral através das narinas e seios paranasais do paciente. Para isso, uma equipe multidisciplinar formada por neurocirurgiões e otorrinolaringologistas que se dedicam a cirurgia de base de crânio atua harmoniosamente para oferecer tratamento cirúrgico dos tumores da região selar, mas além disso a possibilidade de expandir este acesso para remover tumores em regiões críticas e de difícil acesso da base do crânio quando utilizadas técnicas convencionais.

Dentre as vantagens está o fato de não submeter os pacientes a grandes incisões no couro cabeludo ou face. Além disso, como em geral a manipulação cerebral é inexistente ou mínima quando comparada a técnicas convencionais, a recuperação é mais rápida e ocorre em poucos dias.

Todo equipamento é desenvolvido especificadamente para este tipo de procedimento. Endoscópios e câmeras de última geração fornecem a luz e a imagem que é visualizada em monitores de alta definição (1980×1080). Instrumentais microneurocirúrgicos especialmente desenvolvidos permitem a delicada remoção das lesões, minimizando riscos de complicações.

Dentre as inúmeras doenças passíveis de tratamento pela Cirurgia Endoscópica Endonasal, destacam-se lesões benignas como os tumores hipofisários não secretores e os secretores, como os causadores da acromegalia e doença de Cushing, craniofaringioma e cisto de Rathke; meningioma; cistos dermóide e epidermóide; granuloma de colesterol; tumores e lesões ósseas como osteoma e displasia fibrosa; tumores orbitários; e também tumores malignos como adenocarcinoma, carcinoma cístico da adenóide, metástases cerebrais, condrosarcoma, estesioneuroblastoma, carcinoma nasofaríngeo, osteosarcoma, rabdomiosarcoma e carcinoma de células escamosas.

A descompressão do nervo óptico em casos de pseudotumor cerebral e algumas doenças degenerativas da coluna vertebral, como o pannus reumatóide e do odontóide, também figuram entre as principais indicações.

Saiba mais:

http://www.neurosurgery.pitt.edu

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